domingo, 17 de julho de 2011

O ensino das Artes no Brasil.

Nosso país a referência nas artes começam pelo uso de imagens religiosas, com a chegada dos colonizadores.
Sendo o primeiro relato de ensino de alguma atividade artística de que se tem notícia no Brasil vem da adoção de um regimento elaborado por D. João III. Voltado para as edificações com materiais sólidos, chegou ao Brasil com a expedição de Tomé de Souza, por volta de 1549, e objetivava formar trabalhadores qualificados para a construção de prédios mais civilizados, que viessem substituir as arcaicas construções de madeira rústica, barro, palha e galhos.
No período das descobertas de ouro e pedras preciosas nas terras da região sudeste foi crucial para o desenvolvimento urbano e o surgimento de mão-de-obra especializada na talha da madeira e das
pedras, no revestimento e ornamentação das fachadas e interiores das igrejas. E então a ourivesaria passa ser ensinada aos filhos dos colonizadores, tornando co o tempo em tradição familiar.
Com a vinda da família real,houve o incentivo a instituição de um ensino das artes,com fins políticos para preservar o ensino dos modelos europeus, mais precisamente franceses.
A Missão Francesa, formada por pintores, desenhistas, escultores, artífices e arquitetos
oriundos de várias instituições francesas, foi reunida por Joaquim Libreton e chegou
ao Brasil em 1816, quando foi criada, por Decreto-Lei, a Academia Imperial de Belas
Artes – que começou a funcionar em 1826.
E nos primeiros vinte anos do séculoXX, inicia-se a inclusão da Arte como parte da Educação
mas ainda marcada por modelos, ora europeus, ora americanos.
Com a efervescência da Semana de Arte Moderna (1922) passam a valorizar, com certa reserva, a diversidade artística brasileiras.
[...] no Terceiro Mundo, no entanto, a identidade é o interesse central e
significa necessidade de ser capaz de reconhecer a si próprio, ou
finalmente, uma necessidade básica de sobrevivência e de construção de
sua própria realidade (BARBOSA, 1998, p.14).
Mas o distanciamento entre Arte e Educação , e melhor compreendido ao analisarmos a situação política do ensino da Arte nas décadas de 1970 e 1980.No o início da década de 1970, prevaleceu o ensino do desenho como forma de legitimar a presença da Arte no currículo, a formação de um professor em Arte estava distante das necessidades de uma sociedade tão carente,em torno da valorização da Arte na Educação como a nossa.
pela Reforma Educacional de 1971 atribuía aos professores de 1° Grau a incumbência de ministrar aulas que abarcassem as artes plásticas, as artes cênicas e a música. No entanto, a formação do professor não atendia à consistência necessária aos saberes exigidos no ensino-aprendizagem da Arte.
Na criação dos cursos de licenciatura em Educação Artística, em 1973,houve a intenção de oferecer uma formação geral, polivalente, para os professores que atuavam com a disciplina. Com duração de 2 anos, o curso poderia ser complementado com uma habilitação específica em artes plásticas, música, desenho ou artes cênicas.
Embora tenha começado a ser sistematizada em 1983, por ocasião do Festival de Inverno de Campos de Jordão, no estado de São Paulo, foi no Museu de Arte Contemporânea que a Proposta Triangular pôde ter mais visibilidade. Lá, segundo Ana Mae Barbosa:
[...] foi o grande laboratório da Proposta Triangular, uma equipe de 14 (este número variava) arte educadores com formação universitária, em grande parte doutores, mestres e mestrandos, trabalhando principalmente com a estética empírica para a leitura da obra de Arte, experimentou (87 a 93) a Proposta Triangular com crianças, adolescentes e adultos iletrados, os próprios guardas do Museu. (BARBOSA, 2003, p. 32).
A Proposta Triangular consiste de forma resumida no apoio do programa de ensino de Arte em três abordagens para efetivamente construir conhecimentos em Arte.
  • Contextualização histórica;
  • Fazer artístico;
  • Apreciação artística.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, a presença da Arte na Educação Brasileira começou a passar por uma
série de discussões, de crises e possibilitou um interesse maior por parte de
professores e estudantes de mestrado e doutorado para questões ligadas às
dicotomias teóricas e práticas que se potencializaram com a publicação dos PCN em
2002.

Referencias:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Mae_Barbosa
http://literatura.moderna.com.br/moderna/literatura/arte/icones/claude/proposta
http://www.vis.ida.unb.br/posgraduacao/disserta_tese/dissertacao_moiseslucas.pdf
http://artesvisuaisemacao.blogspot.com/2007/10/resumo-proposta-triangular.html