quinta-feira, 14 de julho de 2011

Cinema, Vídeo, Godard (Apresentação e Introdução)


Em Arte e Tecnologia Digital como minha aprendizagem em informática se restringe aos conhecimentos oferecidos nas disciplinas desta graduação, então neste momento estou num processo de Superação .
Comecei a disciplina pelo final, executando um stopmotion e um vídeo, as dificuldades iniciaram na fotografia, redução de imagens, no movie maker descobri a cada nova tentativa como colocar esta aprendizagem para os meus alunos. No vídeo consegui explorar recursos na câmera que desconhecia até aquele momento. Portanto neste momento esta disciplina me leva a uma prática de ensino que vai de encontro da vivencia de meus alunos.
O primeiro texto viabilizado no ambiente, é parte do livro do livro Cinema, Vídeo, Godard, de Phillippe Dubois. O livro reúne nove ensaios, este aborda a questão do vídeo, sua natureza de imagem e seu lugar no mundo das produções visuais, tem como enfoque o cinema.
A primeira parte, "Vídeo e teoria das imagens", parte do vídeo para tentar abordá-lo em si mesmo, atribuindo-lhe um corpo estético específico, uma arte de com linguagem própria. "Vídeo e cinema" aprofunda a questão central da relação do vídeo com o cinema, enfoca o imaginário cinematográfico como ponto de partida para as experiências em vídeo. Vários cineastas utilizaram o vídeo para suas pesquisas fílmicas, como Antonioni, Wim Wenders,Coppola,entreoutros.
Na terceira parte, "Jean-Luc Godard", a discussão centra-se a partir do exame detalhado do caso exemplar deste cineasta que se destacou entre todos por problematizar com tanta insistência, profundidade e diversidade da "mutação das imagens".
Como o recomendado fiz a leitura e análise da Apresentação e Introdução e escolhi 3 tópicos de cada texto.,
Texto Apresentação:
Os 3 tópicos:
“... o autor não abre mão entretanto da necessidade de afirmar o cinema
como uma espécie de referência fundante para todo o audiovisual, sem a
consideração da qual o discurso sobre as imagens e os sons contemporâneos
afrouxa e perde a densidade que levou tanto tempo para sedimentar”.
“... Dubois sugere pensar o vídeo como um estado e não como um
produto, ou seja, não pode estar desvinculada do dispositivo para o qual foi
concebido”.
“... obras eletrônicas podem existir ainda associadas a outras modalidades artísticas, a outros meios, a outros materiais, a outras formas de espetáculo, possibilitando ao espectador observar ao vivo o acontecimento”.

Quando Arlindo Machado comenta que Phillipe Dubois e mesmo um dos poucos pensadores, e nos leva a relembrar Raymond Bellour,Jean-Paul Fargier e Anne -Marie Duguet no contexto francês,Sandra Lisch na Itália,Peter Weibel na Alemanha e Jorge La Ferla na Argentina , navego por momentos de insegurança, nomes desconhecidos que pouco a pouco vou desvendando com o uso da internet, críticos, jornalistas, videoartistas,professores, curadores,teóricos,ensaístas,etc, todos envolvidos na reflexão concentrada nas atuais mutações do cinema, perda da hegemonias sobre a criação audiovisual, a emergência ruidosa do vídeo,o desafio imposto pela televisão e um panorama que tudo isso projeta para num futuro próximo.
Dubois dialogando com ele mesmo esclarece, mantendo sempre a ligação do vídeo com o cinema, colocando o vídeo como o intermediário entre os mundos do cinema e do computador. |Ficando assim claro que o universo do vídeo não só contribui como estabelece os rumos da artes.Momento máximo que presenciei ,foi os Projetáveis, na última Bienal.
Cult movies:http://cultmovies.multiply.com/journal/item/93
Remontagem fílmica:/http://remontagemfilmica.wordpress.com/
Texto Introdução:

Os 3 tópicos:

“... creio que só podemos pensar o vídeo seriamente como um ‘estado’,
estado do olhar e do visível, maneira de ser das imagens...”

“Eis, no fundo, a tese que perpassa todo este livro: o “vídeo” não é um objeto (algo em si, um corpo próprio), mas um estado. Um estado da imagem (em geral).Um estado-imagem, uma forma eu pensa. O vídeo pensa (ou permite pensar) que as imagens são (ou fazem). Todas as imagens. E, particularmente, como tentarei mostrar, as imagens do cinema.”

“... Para mim , o “vídeo” é e continua sendo, definitivamente, uma questão. E é este sentido que é movimento.”

Para Dubois o vídeo foge das correntes que estigmatizam o cinema , quando a sua forma, abrangência, tema, e que esta liberdade provoca movimentos e rompimentos que libertaram o vídeo como uma expressão de arte que consegue representar a intencionalidade do movimento. E de sua fragilidade é que é obtida sua força.
Este pequeno fragmento me fez enveredar por lembranças, e destas reminiscências me leva pensar que na escolha de vídeo em detrimento a outro é “...estado do olhar e do visível, maneira de ser das imagens...”.

Referência:
CINEMA, VIDEO, GODARD,By PHILIPPE DUBOIS
ver&dq=cinema+video+godard&hl=en&ei=Oqi0Tav8IcXx0gHq1JD8Aw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCgQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false

http://www.youtube.com/watch?v=XJbPHboAsbQ